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Assunto: | Pesquisadores so premiados por transformar leo em tinta |
País: | Brasil |
Fonte: | UNB |
Data: | 1/2013 |
Enviado por: | Rodrigo Imbelloni |
URL: | http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=6088 |
Curiosidade (texto): | Nas mos de Vincius Mello e Guilherme Bandeira, leo usado de cozinha vira tinta. A sabedoria em transformar a substncia que entope ralos e polui rios em material de uso cotidiano rendeu aos dois pesquisadores do Instituto de Qumica da Universidade de Braslia o primeiro lugar na 13 edio do Prmio Abrafati-Petrobras de Cincia em Tintas, que desde 1986 reconhece estudos cientficos na rea.
No estudo produzido sob a orientao do professor Paulo Anselmo, tambm ganhador de vrios prmios, os pesquisadores mostram que o ingrediente mais tradicional da culinria pode tambm se converter em bio-leos para utilizao como fonte de energia trmica. O bio-leo um tipo de biocombustvel, aquele obtido a partir de fontes de energia renovveis. A pesquisa premiada tema da reportagem indita leo que no vai para o ralo da 8 edio da Darcy, revista de jornalismo cientfico da UnB, lanada nesta quinta-feira 15. Saiba aqui como os pesquisadores chegaram descoberta.
Vincius, que tem 26 anos e aluno do doutorado, e Guilherme, estudante do mestrado, concorreram com outros 13 trabalhos, todos inditos e com abordagens sustentveis. O resultado da premiao foi anunciado no ltimo dia 14 em cerimnia no Clube Monte Lbano, em So Paulo.
Alm do reconhecimento, os pesquisadores receberam R$ 25 mil. O objetivo da universidade dar resposta s questes da sociedade, gerando conhecimento e tecnologia nova. O prmio um atestado que esse propsito foi alcanado, comenta o diretor do Instituto de Qumica, Jurandir Rodrigues, que destaca a importncia do prmio entre os pesquisadores da rea.
Outros dois estudos tambm foram premiados. Carla Maria Fonseca e Silmara das Neves, da IQX Inove Qualyx Tecnologia e Desenvolvimento em Resinas, garantiram a segunda colocao, com prmio em dinheiro de R$ 15 mil. Ismael Henrique Silveira, Renata Rocha, Ana Augusta Rezende e Rita de Cssia Alvarenga, da Universidade Federal de Viosa, ficaram em terceiro lugar. Os premiados so, via de regra, especialistas ligados s mais importantes universidades, centros de pesquisa e empresas da cadeia de tintas, afirma Dilson Ferreira, presidente-executivo da Associao Brasileira dos Fabricantes de Tinta (Abrafati). A participao de pesquisadores de alto nvel reflete o prestgio de que o prmio desfruta e tem como resultado o desenvolvimento de estudos alinhados ao que existe de mais atual e avanado no mundo, completa.
Os dois jovens pesquisadores trabalharam por dois anos e meio no projeto, de seis a oito horas por dia, e muitas vezes de segunda a segunda. Guilherme Bandeira lembra que os dois descobriram o concurso caminhando pelo campus Darcy Ribeiro. Vimos o folder e resolvemos participar, conta o pesquisador de 24 anos. A gente no esperava ganhar esse prmio. Foi um desafio de fazer o estudo com informaes suficientes para garantir esse reconhecimento, conta Guilherme. A prxima etapa da descoberta, j patenteada, fazer a tinta em escala semi-industrial.
SUSTENTABILIDADE O objetivo inicial do projeto era a produo de tinta, mas da reao qumica, os pesquisadores j obtinham uma pequena quantidade de biodiesel. No projeto premiado eles aprimoraram o processo e, do resduo formado, conseguiram produzir o bio-leo, que tem em sua composio, propriedades semelhantes a do diesel. Hoje a gente no perde nada no processo. Antes o resduo era txico, derivado do petrleo lquido, e agressivo a natureza. Assim, conseguimos que ele fosse totalmente sustentvel, explica Vincius. |